terça-feira, 28 de agosto de 2018

Para LER e CONHECER: # A Educação à distância e seus desafios




Olá pessoas querida!


A Educação a Distância – EAD, é a modalidade de ensino-aprendizagem, mediado pelo uso de tecnologias de informação e comunicação, possibilita que professores e alunos encontrem-se mesmo estando separados pelo espaço físico e tempo.

Possui como foco a existência de ensino-aprendizagem sem que o professor e aluno estejam frente a frente em uma sala de aula - isso a distingue do ensino presencial – e para que isso aconteça, é necessário o uso da tecnologia para que aconteça a interação entre os envolvidos nesse processo.

A EAD não é uma modalidade de ensino atual. Ela surgiu em 1728 quando a Gazeta de Boston anunciou um curso em que o professor Caleb Philipps, de Short Hand, oferecia material para ensino e tutoria por correspondência.

Ao longo dos anos foram surgindo cursos através da Educação a Distância em vários países do mundo, como na Suécia – Inauguração do Instituto Líber Hermondes (1829), Berlim – ensino de francês por correspondência (1854), Chicago – Ensino por correspondência para preparação de docentes (1829), Noruega – criação da primeira legislação para escolas por correspondências (1948), África – nasce a Universidade Sudáfrica que se desenvolve cursos exclusivamente nessa modalidade (1951), Argentina – nasce a tele escola primária do Ministerio da cultura e Educação (1960), Índia – implantação da Universidade Nacional Aberta Indira Gahdi (1985),Comunidade Europeia – Implantação da Rede Europeia de Educação a Distância (1990).

Nota-se que a prática da modalidade EAD não é atual. Todavia, o que a difere da época do seu surgimento para os dias de hoje são os meios de comunicação empregados ao longo do tempo, isto é, em cada época.

No Brasil, a EAD surgiu em 1904, através de Escolas internacionais que ofereciam cursos pagos por correspondências.

Durante o período de atuação no Brasil, houve alguns marcos importantes para o desenvolvimento dessa modalidade de ensino, tais como, o surgimento de rádios que iniciaram o processo de educação por meio de programas de rádio. Em 1941 houve a criação do Instituto Universal Brasil que oferta cursos nessa modalidade até os dias atuais. No ano de 2004, houve uma implantação (pelo MEC) de vários programas para a formação de professores da rede pública.   No ano de 2006 entra em vigor o Decreto nº5.773; em 2007, o Decreto nº6.303; em 2017, o Decreto nº 9.057 que visam melhorar a qualidade dessa modalidade de ensino, apresentando diretrizes para o funcionamento do mesmo.

Sobre esse aspecto, salienta-se que devido a sua importância o governo de tempos em tempos atualiza a legislação vigente para essa modalidade ensino para que ela tenha condições estratégicas de se manter no mercado e estar em constante crescimento.

Conheça a seguir a evolução da EAD, bem como as tecnologias utilizadas em cada período:

Tabela 1

Percebe-se que todas as etapas foram relevantes para a consolidação da modalidade de ensino a distância. A utilização de todas as tecnologias disponíveis atualmente facilitam no processo de ensino-aprendizagem.

De acordo com Ebert (2017), em virtude dos avanços tecnológicos, é crescente o número de instituições e empresas que desenvolvem programas de treinamento de recursos humanos através da EAD. Além disso, as universidades a distancia tem incorporado em seu desenvolvimento histórico, as novas tecnologias de informação e de telecomunicação.

Como vimos, a educação a distância existe em vários países. Cada país possui a sua legislação específica em relação a essa modalidade de ensino. Em semelhança, todas utilizam as tecnologias de informação e comunicação para melhor desempenho do processo ensino-aprendizagem dos alunos.

A revista veja publicou uma matéria sobre essa temática em novembro/2017. De acordo com a VEJA, o número de procura pelo curso EAD no Brasil tem aumentado nos últimos anos.


Gráfico 1


Todavia, observa-se que devido a flexibilidade da tecnologia e das metodologias dos cursos à distância ainda há certa ideia de que o estudante que optou essa modalidade tem uma rotina de estudos leve. O que é um grande engano!

Assim, para que o aluno obtenha sucesso nessa modalidade, ele precisa apresentar algumascaracterísticas, como, a organização, disciplina, ter motivação e proatividade, ser autodidata, curiosidade e autonomia, ter familiaridade com a tecnologia. Caso o aluno não consiga desenvolver essas habilidades, os seus estudos ficarão atrasados, bem com as leituras acadêmicas, acumuladas e como consequência ele perderá o foco e a motivação, aumentando assim, as chances de sua desistência.

Deixamos, a seguir, com a finalidade de contribuir par o assunto apesentado, o vídeo "A visão da EAD no Brasil", publicado pelo canal Sead Univasf. 



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Créditos especiais:
EBERT, Luis Augusto. Perspectivas profissionais. Indaial: UNIASSELVI, 2017.
Tabela 1 - adaptado de Moore e Kearsley (2007)
Gráfico 1 - Disponível em:<https://epoca.globo.com/educacao/noticia/2017/11/os-frutos-do-ensino-distancia.html> acesso 27 ago 2018

segunda-feira, 27 de agosto de 2018

Para LER e CONHECER: # A essência do ensino superior: ensino, pesquisa e extensão




O conhecimento não é de um grupo, é um bem público”.

(Botomé; Nogueira)


Olá pessoas queridas!
Daremos continuidade à temática universidades brasileiras. Hoje falaremos sobre a importância do ensino, pesquisa e extensão.

Boa Leitura!



Imagem 1


A ideia de Universidade vem mudando ao longo do tempo: no passado, a universidade tinha cunho filosófico, pensamento crítico e envolvimento com a pesquisa. Esse entendimento estava associado à ideia de atender a sociedade. No contexto atual, está dissociado da ideia de atender o mercado.

Hoje, no Brasil, é compreendido pelas universidades que há um elo entre o ensino-pesquisa- extensão. É muito difícil desvincular esse tripé, visto que isso caracteriza o ensino superior. Através desses meios a universidade amplia a sua inserção social.  A universidade leva o conhecimento através do ensino; a pesquisa só existe pela sociedade – em virtude de melhorar a sociedade; a extensão reduz as fronteiras por meio de atividades que envolvem a comunidade, descentralizando o conhecimento e levando-o ao maior número de pessoas possíveis.

Sobre o processo de aplicação da extensão nas universidades brasileiras, Fagundes (1985) afirma que a primeira instituição que iniciou o movimento extensionista foi a Universidade Livre de São Paulo, entre 1911 e 1917, por meio de conferências e semanas abertas, cujos temas eram voltados aos problemas sociais e políticos da época.

As práticas e conceitos de extensão foram sendo modificados ao longo do tempo. Para Botomé (1996), essas mudanças ocorreram principalmente sob influência das ideias de Paulo Freire, na época de criação da Coordenação de Atividades de Extensão (CODAE).

Diferentemente de países do primeiro mundo, no Brasil a pesquisa se faz essencialmente nas universidades e centros de pesquisa. Os docentes pesquisadores normalmente validam e testam ideias ou hipóteses, mas não é comum o desenvolvimento de produtos ou serviços. Ou seja, o cientista deveria encontrar muito mais espaço de trabalho nas empresas, e não buscar somente nas escolas espaços para seguir uma carreira profissional.

Para Ebert, o Brasil ainda adota uma postura passiva e prefere esperar a aquisição das tecnologias emergentes. Isto é, não desenvolve e paga por aquilo que outros países desenvolvem. Nossos cientistas estão entre os mais proeminentes, porém ainda sem o prestígio que lhes deveria ser dado. Outros seguem carreira no exterior, nas mais prestigiosas empresas e universidades. Enquanto isso, nadamos contra a maré, em total desvantagem na corrida do desenvolvimento.


Imagem 2

Conforme (BRASIL, 2010) a maior parte dos pesquisadores brasileiros está nas instituições de Ensino Superior – 67,5% do total em 2010 –, enquanto nas empresas a proporção é de apenas 26,2%, bastante abaixo dos índices de Estados Unidos, Coreia, Japão, China, Alemanha, França e Rússia.
Para o documento Balanço das Atividades Estruturantes 2011 (MCTI), essa situação é uma das causas da dissociação entre o avanço científico e a incorporação da inovação tecnológica à base produtiva, especialmente na indústria do Brasil.

De acordo com o presidente do CNPq, Glaucius Oliva, uma pesquisa feita em 2008 com todos os doutores brasileiros formados entre 1996 e 2006 revelou que quase 80 mil deles estavam no Brasil, 97% empregados. Desse total, 80% atuavam no setor educacional. Outros 11% estavam na administração pública e menos de 5% nas empresas. Nos Estados Unidos, a proporção de doutores na indústria chega a 40%.

Exigências para professores das universidades públicas do Brasil, como a dedicação exclusiva ou em tempo integral, foram consideradas como entraves à parceria com empresas e à participação desses pesquisadores em projetos inovadores fora do ambiente das universidades. Além disso, a excessiva regulamentação, a falta de autonomia das universidades para firmar parcerias com a indústria e dispor do tempo dos professores e dos recursos completam o cenário inóspito para a pesquisa traçado pelos participantes do seminário.

Glaucius Oliva cita o exemplo norte-americano: “O professor universitário nos Estados Unidos pode abrir uma empresa no seu departamento, sem que esteja violando a legislação do tempo integral e educação exclusiva. No Brasil não pode. Se abrir uma empresa, pode ser processado, porque está violando o tempo integral e você é um funcionário público”. “Nos Estados Unidos, um projeto entre uma empresa e uma universidade não passa pelo governo. Tem que ser feito dentro das linhas oficiais, mas não existe controle governamental sobre o que a indústria pode ou não fazer com a universidade.

Ebert explica que no Brasil, algumas agências de fomento à pesquisa atuam de forma expressiva. Normalmente, essas autarquias provêm recursos para que os pesquisadores, seja na indústria, ou ainda nas universidades, possam dar continuidade a suas pesquisas. Normalmente, a cada ano, os editais são lançados, e os cientistas precisam disputar parte dos recursos disponibilizados pelo governo federal. É o caso do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ), que todos os anos disponibiliza recursos para diversas modalidades de pesquisa, seja para acadêmicos ou pesquisadores seniores.


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O grande problema ainda é a dependência dos recursos públicos. Para o citado autor, se houvesse maior integração entre os setores público e privado, as chances de caminharmos a passos mais largos seria maior. A dependência de aporte de recursos financeiros somente dos recursos públicos diminuiria e o desenvolvimento de produtos e processos pensados à necessidade das empresas alcançaria patamares expressivos.

Fora o CNPQ, outras instituições financiam projetos. Não somente públicas, obviamente. Nos dias atuais é mais comum termos convênio entre empresas e universidades, para a prestação de serviços ou desenvolvimento de projetos com alguma necessidade específica, mas ainda longe do ideal.
Fundações sem fins lucrativos e de diversas naturezas oportunizam a pesquisadores premiações distintas ou ainda valores significativos na busca de incentivar a pesquisa nos campos experimental e teórico.

Outras autarquias públicas são as Fundações de Amparo à Pesquisa Estaduais (FAPESC, FAPESP etc.), ou ainda, a Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP). Bolsas de pesquisa também são mais comuns entre professores-pesquisadores, e se comprovadas experiências na sua produtividade científica, recebem recursos para continuidade da pesquisa.

A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) também auxilia professores do Ensino Superior a realizarem seus trabalhos, seja com aporte de insumos financeiros e/ou bolsas para mestrado e doutorado. Em alguns casos essas bolsas levam o cientista para outros países, a fim de compartilhar experiências e fomentar o intercâmbio e desenvolvimento de uma área específica desses países.

Nota-se que apesar de haver certo desenvolvimento quanto à produção científica no Brasil, isto é, publicação de artigos em revistas científicas, é necessário que ocorra muitas mudanças nesse cenário, e uma delas é a valorização das ideias originadas em nosso país.

O Brasil precisa perceber a necessidade de investir cada vez mais em pesquisa e desenvolvimento, e também, não depender única e exclusivamente de tecnologias importadas a um custo bem alto.

Em suma, acredita-se que para que as instituições de ensino superior brasileiras desempenhem seu papel de modo mais eficiente, é preciso que elas ofertem as premissas básicas de ensino superior, pautadas no ensino, pesquisa e extensão, visando desenvolver além de profissionais, pesquisadores, visto que através de pesquisa obtém-se a ampliação de conhecimento, e assim, o desenvolvimento do país.

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Créditos especiais:
EBERT, Luis Augusto. Perspectivas profissionais. Indaial: UNIASSELVI, 2017.
EBERT, Luis Augusto. Metodologia da pesquisa. Indaial: UNIASSELVI, 2017
BRASIL, 2010. Universidade: doutores que não chegam às empresas e à pesquisa na indústria do Brasil. Disponível em: <www.senado.gov.br/noticias/Jornal/emdiscussao/inovacao/universidade-doutores-empresas-pesquisa-na-industria-do-brasil.aspx> acesso 25 ago 2018
Imagem 1 - disponível em<http://www.maquifisica.com.br/6-coisas-importantes-ao-escolher-faculdade/>. acesso 27 ago 2018
Imagem 2 - disponivel em<http://apufpr.org.br/resolucao-da-prograd-deve-desestruturar-ensino-pesquisa-e-extensao/> acesso 27 ago 2018


Imagem 3 - disponivel em<https://www4.tce.ma.gov.br/econsulta/#4> acesso 27 ago 2018



domingo, 26 de agosto de 2018

Para LER e CONHECER: # As instituições de Ensino Superior no Brasil



Olá pessoas queridas!

Diante da relevância que as Instituições de Ensino Superior possuem para o nosso país, hoje apresentaremos aqui algumas características relevantes sobre a temática.
Boa leitura!


Todas as Instituições de Ensino Superior no Brasil são regidas pelas diretrizes do Ministério da Educação –MEC. São organizadas por critérios acadêmico, administrativo e de formação, conforme a Lei 9.394/96 e alguns decretos como o Decreto 3.860/2006.

Há muito espaço para a educação superior no Brasil. Historicamente ela teve a sua formação construída por influências dos modelos francês e alemão. Enquanto o primeiro visa a formação profissionalizante, voltada para o mercado de trabalho, a segunda apresenta uma pretensão de formação humanística, geral, não pragmática, baseada no tripé francês: Filosofia, Ciências e Letras. Atualmente, todas ofertam cursos de graduação em sua essência e são amparados pelo tripé ensino, pesquisa e extensão.

As Instituições de Ensino Superior brasileiras apresentam algumas particularidades: entre elas podemos destacar que elas podem se Públicas ou Privadas. Quanto às Públicas, estão divididas entre Federal, Estadual e Municipal. Sobre as Privadas, elas podem ser Privadas com fins lucrativos, Sem fins lucrativos, não beneficente, Beneficente e Especial.

No que diz respeito à classificação acadêmica administrativa, podem receber a denominação de Faculdade (quando oferece um ou mais cursos de graduação não tendo autonomia universitária), Centros Universitários (possuem autonomia universitária e podem ofertar um curso de graduação ou fecha-lo sem a necessidade de autorização do MEC), Universidade (equivale a centros universitários. A pesquisa é obrigatória, inclusive com a oferta de cursos pós-graduação stricto sensu – Mestrado e doutorado).

Outros aspectos relevantes sobre a IES brasileira é em relação aos cursos oferecidos em graus. Em geral, podem ser: graduação, bacharelado, licenciatura, tecnologia, pós-graduação stricto sensu, especialização ou pós-graduação lato sensu, residência médica, residência multiprofissional em saúde e extensão.


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Quanto ao turno de funcionamento dos cursos, pode acontecer nos turnos matutino, vespertino, noturno ou integral. As IES podem acontecer nas modalidades presencial ou à distância.

Quanto ao ensino à distância, este ajuda a reduzir a lacuna de falta de IES em regiões mais afastadas dos grandes centros urbanos. Todavia, o preconceito contra essa modalidade de ensino ainda precisa ser quebrado pelos brasileiros.

A relevância dessas diretrizes para o funcionamento da IES brasileira está voltada para alcançar a qualificação dessas instituições a fim de oferecer boas condições para a formação de profissionais qualificados.

Para que isso ocorra de modo eficiente é preciso que as IES brasileiras ofertem as premissa básicas de ensino superior pautadas no ensino, pesquisa e extensão, visando desenvolver além de profissionais, pesquisadores, visto que através de pesquisas obtém-se a ampliação de conhecimento, e assim, o desenvolvimento do país.

Além disso, a extensão segue com o papel de incluir a sociedade nesse universo pois o conhecimento não pode pertencer a um determinado grupo, mas parte do princípio de que é um bem público.

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EBERT, Luis Augusto. Perspectivas profissionais. Indaial: UNIASSELVI, 2017.
Ilustração: Jeiane Costa
Imagem 1 -Disponivel em:<http://www.gestaouniversitaria.com.br/artigos/projeto-agu-nas-universidades-divulgara-atuacao-do-orgao-em-instituicoes-de-ensino> acesso 26 ago 2018



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