terça-feira, 28 de novembro de 2017

Sobre o amor: # Conto 08 - O bilhete premiado



Sentada na varanda de casa, sinto o delicioso aroma de café ao meu lado enquanto abro minha agenda. Minha caneta nova com meu nome gravado me faz sentir certo orgulho em poder utiliza-la. Beberico o café, depois fecho os olhos e percebo que um formigamento familiar me envolve: uma nova ideia começa a permear e como uma dança ganha forma em minha mente. Uma brisa leve tira uma mecha de cabelo do lugar. Suspiro.
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Por onde começar…
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já sei! Vou contar essa história por capítulos... Ou melhor, episódios! A vida é breve demais de modo que a vivemos por episódios. Vamos transformar cada momento numa deliciosa limonada...  
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vamos lá!

#Episódio 1 – A primeira impressão não é a que fica.
Podem me chamar de fraca, doente ou louca... Eu definitivamente não me importo!
Desde que William chegou tudo ficou complicado. A partir do momento que ele entrou em cena e depois decidiu ir embora da minha vida tudo se transformou em um nó... E apenas ele poderia desata-lo. Sei que está parecendo um melodrama latino mal feito, mas juro que vou explicar!
Nos conhecemos no outono passado. Eu estava fazendo um curso de inglês após tantas prorrogações e desistências. Eu precisava desse conhecimento urgente para finalmente conseguir um intercâmbio junto com a Angélica – a minha melhor amiga -, então com todas as dificuldades do meu ser, resolvi encarar essa parada e parti pra vencer. Eu iria definitivamente aprender a falar inglês e viajar para a Inglaterra!
No primeiro dia de aula no curso de inglês lembro que as palmas das minhas mãos suavam. Minha mente não conseguia absorver aqueles sons e minha boca não se moviam corretamente. Que embaraço! Cheguei a pensar realmente que isso não daria pra mim...
Todavia, para minha surpresa, nas semanas seguintes após aprender a apresentação pessoal, tudo começou lentamente a fazer sentido. Apesar de pronunciar errado todas as palavras, meus colegas de aula davam sinal de que começavam a me entender. Graças ao empenho da minha professora que era maravilhosa!
Dois meses depois de trabalho intenso com a turma, uma bomba caiu em cima de minha cabeça: por alguma razão desconhecida do universo, ela foi afastada. Em seu lugar entrou em cena o novo personagem central da minha novela: William.
Ele não me impressionou de imediato. Juro! Na verdade eu o odiava por ter substituído minha professora. Ele parecia um cantor de bandas índies com seus cabelos negros até os ombros, óculos de nerd e sua voz grave. (confesso que ele tinha uma voz hipnotizante, mas nada que me fizesse perder o fôlego). E ao contrário da professora brasileira que falava com sotaque tendencioso para o inglês americano ele possuía um sotaque originalmente britânico.
- tem certeza de que você está estudando para a prova Sara? – perguntou Angélica esparramada na minha cama, três semanas depois da primeira vez que vi aquele ser humano.
- tenho sim! – respondi, jogada na minha poltrona enquanto fitava sem saber o porquê a foto dele na tela do meu celular que coincidentemente encontrei na rede social naquela tarde
- você está tão distraída hoje...
Eram os olhos dele. Pela primeira vez eu via com atenção o quanto seu olhar era profundo. Intenso. Na foto, ele tinha o semblante suave, apesar daquele estilo bad.
- não é nada – repliquei desligando o aparelho, jogando uma almofada nela - Amanhã vai dar tudo certo. Você vai ver!
Fiz a prova de requisito para testar meus conhecimentos no curso de designer. Semanas depois recebi a noticia de que fui aprovada. Angélica ficou nas alturas com o resultado. O dela também viera com o carimbo marcado em azul exclamando aprovação. Aparentemente mais uma etapa havia sido superada o que me deixava mais motivada para estudar inglês. O teste de idiomas seria o próximo a fazer. Não poderia me distrair!
Não poderia... Mas me distrai... Graças a ele...
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Suspiro antes de continuar a escrever.

#Episódio  2 – o homem de gelo
Começo de inverno e ele deixou o cabelo preso em um coque. Notei pela primeira vez que ele tinha uma tatuagem no peito do lado direito. Não deu para ver nitidamente por causa da gola da camisa, mas era algo como asas. Sem perceber, ao invés de prestar atenção ao que ele dizia eu estudava seu pescoço, subindo um pouco mais para a orelha e vi quando um brinco brilhou à luz no exato momento em que ele virou em minha direção para explicar o significado da expressão “couch potato”.
Segundo a explicação dele em um inglês de dar inveja, a expressão significava uma pessoa preguiçosa que fica muito tempo parada em frente a tv. Perto dele eu me transformara nisso... Em uma verdadeira couch potato. Como uma gata eu não queria sair da frente dele nunca mais. O mundo poderia acabar lá fora que eu não estava nem aí. Queria apenas me espreguiçar, ronronar e me esparramar no colo dele. Ele se tornara o meu programa de televisão favorito.
Mas percebi que nessa altura do campeonato agir como uma “couch potato” não atrairia a atenção dele. Então comecei a bolar um plano que particularmente eu apelidei de “olhe-pra-mim-seu-boboca”. Sei que é ridículo isso mas eu estava disposta a me transformar mais uma vez por ele – de couch potato para sua fiel namorada. - Angélica por outro lado estava cada vez mais ausente de minha vida devido sua louca jornada de estudo (impecável) e eu, ao invés de seguir seus passos, decidi arriscar... chutar o balde!
Troquei minha inseparável calça jeans e camiseta polo com tênis e coloquei minha meia-calça preta que estava estocada no guarda-roupa desde o inverno passado. Escolhi meu vestido curto de mangas compridas que valorizavam minhas curvas, caprichei na maquiagem. Ombros para trás, perfume no ponto, inglês na ponta da língua e...
- Good evening, teacher! – saudei com um sorriso nos lábios marcados de vermelho uva
- good evening Sarah... – respondeu ele arregalando os olhos. Certamente nunca me vira assim. Um friozinho percorreu minhas entranhas ao notar sua reação. Um sorriso triunfante escapou dos meus lábios com a sensação deliciosa de sentir estar sendo observada por ele. Isso até o momento que ouvi ele dizer em seu inglês perfeito: – por que está vestida assim?
Paralisei.
- excuse me? desculpe?
Pigarreou ele. – você vai a algum evento mais tarde? Está tão elegante hoje...
Senti meus ombros caírem. Meus cabelos murcharem. Um suspiro percorreu meus lábios antes de pronunciar educadamente a resposta de sabor amargo – eu apenas gosto de me vestir assim...
Na minha mente, todavia, eu gritava: era para você me notar, seu boboca!
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Arf... Será que deveria perder as esperanças ali?
Talvez. Mas sou teimosa demais para isso. Definitivamente a palavra desistir não existia no meu vocabulário...  Mesmo que isso significasse que eu me quebraria por completo.

#Episódio  3 – Esperança ou ilusão?
Na semana seguinte, fui à despedida de Angélica. Eu estava no aeroporto. A próxima a ir para o intercâmbio seria eu. Isso porque por alguma razão conspirada pelo universo, à universidade enviara uma carta informando que houve um equívoco nos registros e devido a isso minhas aulas iniciariam apenas no próximo semestre. Sorte minha ou azar?
Na volta pra casa queria um sinal sobre o que fazer, quando coincidentemente encontrei o meu deus grego no metrô.
-Sarah? – disse ele com um sorriso espetacular. Adorava ouvi-lo pronunciar meu nome. Aliás... adorava tudo nele.
- Will!
- você continua bem produzida...  – disse ele meio a um sorriso – está tão fofinha!
Fofinha. Rá!
Fofinha é minha gatinha Sofie. Ela sim é fofinha! Eu acredito que sou muito mais que isso, gato!
Dei de ombros como resposta.  Antes que um silêncio percorresse entre nós, comecei a procurar um assunto desesperadamente até que encontrei em suas mãos um bloquinho.
- o que é isso?
- meu contato. Estou ensinando também aula particular a domicilio.
Senti uma luzinha acender acima da minha cabeça com essa informação mais que interessante.
- Posso pegar seu contato?

# Episódio  4 – Quando  a taça enche a bebida derrama e o juízo também!
Sentada na poltrona da sala, ouvia uma composição de Chopin enquanto via as fotos que Angélica enviara de Seul (sim, ela resolvera viajar para a Coreia do Sul antes de voltar para o Brasil). Uma ansiedade indescritível tomou conta de mim. Eu definitivamente havia perdido o meu caminho...
Após tomar alguns “pequenos” e “discretos” goles de vinho, a coragem e ousadia chegaram onde eu estava e tornaram-se minhas melhores companheiras para minha festa particular. Nos servimos mais de vinho, dançamos, rimos juntas. Em algum momento, após choramingar sobre a frieza de Will a ousadia começou a sussurrar coisas no meu ouvido, ao mesmo tempo em que a coragem incentivou-me animadamente a discar o número do professor salvo no celular.
- Sarah? – perguntou ele
- oi! – respondi gargalhando – sou eu mesma... A Sarah. Lembra-se de mim?
A coragem piscou para mim, me incentivando.
- sim... Tudo bem contigo? – perguntou ele em português.
- está tudo maravilhosamente bem! – sorri. Dessa vez mais alto embora não sabia ao certo o motivo - Quero apenas te fazer uma pergunta.
- claro.
- você é gay?
Primeiro tive a impressão de que ele estava chocado com a pergunta. Então, ele soltou um suspiro como se tivesse, na verdade, reprimido um sorriso antes de responder com a voz intrigada – olha... acredito que não, hein... por que?
A ousadia segurou minha mão.
Olhei para a coragem antes de cuspir as palavras  - por que você não olha pra mim!
Silêncio arrasador. Sabia que estava fazendo a maior borrada da minha vida. Eu jamais fizera isso. Mas já que tivera audácia suficiente para abrir a porta da estrebaria, deixaria agora que corresse logo a boiada inteira
- você é comprometido?
Depois de um tempo, ele respondeu – não sou.
Reprimi um suspiro sentindo grande alivio ao ouvir isso.
- então por que você não me nota? - saiu como um choramingo
- eu não quero me envolver emocionalmente com alguém agora.  – respondeu ele educadamente - Eu saí de um relacionamento antes de vir para o Brasil e quero focar agora no meu trabalho – disse ele com a voz triste.
Por uma razão tive vontade de chorar. - acho que levei oficialmente um fora agora
- não... por favor! Não me entenda assim... Eu apenas preciso de um tempo para mim mesmo...
Senti um aperto danado no peito. Ele deveria estar passando por uma barra.
- Will?
- sim?
Comecei a dizer um discurso mal feito: - sei que nada acontece da noite pro dia mas precisamos nos permitir viver um dia de cada vez...
Sarah, cala droga dessa a boca!
- precisamos viver sem algemas...  – continuei aninhando a taça próximo ao peito - com ousadia. Afinal de contas, temos só uma vida!
Mas que droga, por que eu não consigo me calar?
- sei que você não merece isso! – funguei antes de prosseguir – por que a vida é muito mais que isso, Will! Às vezes... Basta darmos uma chance a nós mesmos... Desejo que você supere tudo isso e fique bem. Boa noite!
- boa noite.

 #Episódio 5 – E então o copo ficou vazio... de Will  
– Ahhhhhh!!!!! o que foi que eu fiz? – perguntei abraçando os joelhos enquanto minha cabeça latejava.
O cheiro do álcool marcante em minha transpiração, misturada à vergonha de minha insanidade me impediu de ser a garota corajosa de sempre, me fazendo perder aulas por quase duas semanas. Quando voltei, o contrato dele havia acabado e ele não estava lá. Meu coração parecia que iria se despedaçar a qualquer momento.
 Não! Parecia que eu iria morrer!
Terminei o curso com um professor gorduchinho - que era uma fofura em pessoa – que usava óculos e adorava literatura inglesa. Tudo naquele curso me lembrava ele de modo que chegava a ser torturante. Estudamos Jane Austen, William Shakespeare.
William Collins... William Elliot... William Shakespeare...
Meu William…
Meu Will...
Era impossível negar sua existência.
 Para mim ele era insubstituível. Seu inglês misturado a sua imagem perfeita... Sua animação contagiante era marcante sempre que ele contava alguma história de sua cidade. Marquei na minha agenda esses lugares que provavelmente eu iria conhecer.
No ultimo dia de aula uma surpresa: o professor fofuxo entregou-me timidamente um envelope que Will havia deixado para mim antes de partir. Dentro, estava o pingente do seu cordão que ele usava. Emocionada, passei a usa-lo a partir daquele dia...
Click click click click...
Eu queria de todo o meu coração um dia poder reencontra-lo.

# Episódio 6 – Possibilidades
Como um filme em cenas aceleradas, passei em todas as provas e com as passagens em mãos fui para Londres. Acomodei-me na universidade e me adaptei as aulas.  Senti o meu inglês evoluir dia após dia apesar dos trancos e barrancos de morar num lugar estrangeiro.
Seis meses se passaram nessa nova etapa da minha vida. Apesar de todo esse tempo, eu jamais o esquecera. Certa noite, encontrei amassado um papel dentro da minha agenda. Ao desembaraça-lo, encontrei rabiscos secretos dos lugares que Will mencionara. Lugares que ele adorava visitar em sua terra.
Uma brisa percorreu pelo quarto e eu senti novamente a companhia da coragem e ousadia. Dessa vez elas trouxeram consigo a velha esperança. Elas me abraçaram saudosamente trazendo certo conforto ao meu coração. Por alguma razão eu sabia o que fazer.
Resolvi arriscar a perambular sozinha pela cidade. Guardei a página amarelada de minha agenda no bolso que parecia queimar. Na mochila um pequeno mapa me indicava o caminho.
Já era noite e eu estava cansada. Passei por vários lugares, mas em nenhum deles havia o que eu procurava. A esperança agarrou-me pelo braço enquanto a ousadia saiu me arrastando do metrô para um caminho que eu não esperava cruzar. Era o ultimo lugar da lista. Minha ultima chance.
Atravessei o quarteirão com um aperto no coração depois que conferi pela quarta vez a localização que procurava no mapa.  Um silvo escapou dos meus lábios quando cheguei ao parque. Ele gostava de ficar ali em secreto sempre que precisava refletir sobre a vida.
Ignorei a beleza daquele lugar e o frio. Minhas bochechas congeladas me impediam de esboçar qualquer palavra. Então juntei as mãos e pedi a Deus que eu o encontrasse.
Eu não era idiota. Sabia que isso era uma chance muito remota de acontecer... Seria como ganhar na loteria. Então... Fechei os olhos e desejei com todo o meu coração que Will fosse meu bilhete premiado.
Meu coração palpitou quando ao olhar com atenção notei que do outro lado havia alguém com a silhueta que me lembrava Will. Contudo, ao me aproximar, a tristeza me inundou ao notar que não era ele. Guardei minhas mãos nos bolsos da calça ainda amparada pela esperança e consolada pela coragem.
Estava prestes a ir embora quando um som estridente chamou minha atenção. Do outro lado da avenida o som de um carro freando bruscamente me fez perder a razão. Segurei com uma força exagerada o pingente ainda preso no meu colar enquanto o meu sangue por alguma razão parecia evaporar de minhas veias. Um pavor tomou conta de mim enquanto tentava apressar o passo ainda rezando por ele.
Uma multidão estava toda pompa naquele lugar. Ao que parece, uma criança se soltara das mãos da mãe e tentou atravessar a rua sozinha no exato momento que o carro se aproximava. Felizmente tudo se passara de um susto. Enquanto examinava os integrantes daquele cenário, alguém bateu no meu braço de modo que eu arranquei o pingente que segurava e este saiu tamborilando pelo chão.
Corri tentando alcança-lo. Aquele pingente era a única lembrança palpável de Will que me restava. Algo que jamais poderia deixar para trás. Estava quase a toca-lo quando vi um par de botas  - que apesar serem antigos ainda mantinham a elegância – pararem em minha frente.
Segurei o pingente com força antes de ouvir o meu nome ser pronunciado por uma voz familiar
- Sarah?
Um frio percorreu por minha espinha. Minhas bochechas descongelaram diante de um sorriso que pela primeira vez aquecia meu coração. Antes de ver o seu rosto, cada célula do meu corpo sabia quem era.
Era ele... Meu Will!
Ficamos imóveis meio aquele tumulto durante algum tempo. Nossos olhos se saudavam assim como o sorriso infinito em nossos rostos. O meu coração parecia ter inflado com tanta alegria. A esperança, a ousadia e a coragem ao longe se saudavam triunfas.
Eu havia resgatado o meu bilhete premiado.
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Abraço,

Jeiane Costa.

jeianecosta.novel@outlook.com
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domingo, 26 de novembro de 2017

Para OUVIR e SENTIR: # Hino da Independência do Brasil






Olá Pessoa querida!

Você conhece a história da música brasileira? 

No artigo de hoje apresento a você com muito carinho algumas informações sobre essa temática. Esses dados são do programa: “História da música brasileira”, produzido por Ricardo Kanji (criador, diretor artístico e apresentador); Ricardo Maranhão (historiador); Paulo Castagna (musicólogo); Reinaldo Volpato (diretor de TV) e Vox Brasiliensis Coro e Orquestra, dirigida por Ricardo Kanji, em 1999.

De acordo com o flautista e maestro Kanji, no início do século XIX, o Brasil era uma grande novidade para o mundo atraindo a atenção de diversos europeus para cá, isto devido o nosso país ser a primeira e única monarquia sediada na América, bem como a vastidão das terras virgens e a presença da corte portuguesa em terras brasileiras.

A família real portuguesa era apenas o topo da grande pirâmide da burocracia da metrópole que veio se instalar numa de suas possessões. Isso aconteceu num momento de crise de suas aristocracias. Das ultimas grandes famílias europeias que em 1815 tentaram a restauração do velho regime contra os ideais burgueses e republicanos.

Além da criação do Reino Unido de Portugal do Brasil e de Algarves encomendaram o casamento do príncipe D. Pedro I com a arquiduquesa Leopoldina de Habsburgo, filha do Imperador da Áustria e membro da dinastia mais conservadora da Europa. Sua presença no Brasil era algo inédito.

D. Pedro era músico e tentava promover o patriotismo dos brasileiros durante o processo de Independência. Ele utilizou parte dos versos do Hino Constitucional Brasiliense escrito pelo jornalista Evaristo da Veiga, um dos líderes da Independência, em sua composição O Hino da Independência:

Já podeis filhos da Pátria
Ver contente a mãe gentil
Já raiou a liberdade no horizonte do Brasil

O 07 de setembro de 1822 não contou com a participação da população. Curiosamente, os Hinos só vieram a ser conhecidos pelos brasileiros na Republica. O Hino da Independência, como outros do períodos, eram compostos nos estilo das Óperas Italianas e executadas nos palcos de teatro com a ideia da elite ouvir e não a população cantar.

Kanji afirma que a ópera era a moda do momento tanto na Europa quanto no Brasil. O barbeiro de Sevilha, atribuído a Rossini, havia estreado na Europa em 1816 e no Brasil, no ano de 1821. Era ouvido no teatro São João (Rio de janeiro) juntamente com obras de Mozart, Antônio Salieri a Marcos Portugal. Sem dúvida, a música espetacular estava em alta. Nesse período, a música brasileira possuia influência da ópera.


Por problemas econômicos (falência do Banco do Brasil) e políticos, D. Pedro I não conseguiu conter a oposição e abdica do troco a favor do seu filho, d. Pedro II em 07 de abril de 1831. O Hino que seria ouvido a partir desse momento não seria mais o composto por D. Pedro, mas sim o de Hino aos 07 de abril composto por Francisco Manoel da Silva, ele foi diversas vezes modificado e depois adotado como Hino Nacional Brasileiro.

Utilizava-se naquela época como instrumento (entre outros) o fortepiano. O pianoforte é um instrumento musical de teclas, antecessor do piano atual. Foi inventado pelo fabricante de instrumentos musicais italiano Bartolomeo Cristofori por volta de 1700, e foi construído e vendido por toda a Europa até o Século XIX, quando inovações técnicas levaram ao desenvolvimento do instrumento moderno. 

Deixo abaixo o "Hino da Independência do Brasil" na versão original, interpretado pelo cravista Antônio Carlos de Magalhães e em seguida o vídeo "História da Música Brasileira - Cap. 6. A música da Independência completo" - ambos são recomendadíssimos!



"Hino da Independência do Brasil"



"História da Música Brasileira - Cap. 6. A música da Independência completo"

Créditos especiais:
Informações do texto extraído do video "História da Música Brasileira - Cap. 6. A música da Independência completo"
fortepiano <https://pt.wikipedia.org/wiki/Fortepiano> acesso em 24 nov 2017






Romance expõe os desafios do escritor durante o processo de construção de um livro

“Escrever um livro é uma arte, uma poesia. É muito mais que jogar palavras ao papel aleatoriamente ou usar o a...