quarta-feira, 17 de outubro de 2018

Para LER e CONHECER: # A educação nas sociedades primitivas


Olá pessoas queridas!

Na postagem de hoje, prosseguiremos abordando como temática a educação, com foco nos povos primitivos.  Salientamos que como fonte para esse estudo, utilizamos os autores Luzuriaga (1990) e Aranha (1996).


Boa leitura!



Segundo Luzuriaga (1990), existe educação desde que há homens sobre a Terra; a vida deles começou há uns 3000 séculos. Destes, só uns 60 pertencem às sociedades civilizadas. A maior parte, pois, da vida humana, transcorreu na fase primitiva ou pré-história.

O conhecimento da cultura e da educação dos povos primitivos é tomado, à falta de documentos escritos, das duas principais; restos e produtos pré-históricos e vida dos povos primitivos atuais.

Sobre esse aspecto, Aranha (1996) afirma que as sociedades tribais não tem Estado, não tem classes, não tem escrita, não tem comércio, não tem história, não tem escola. São essencialmente míticas e de tradição oral.

Para o homem da tribo, a natureza está “carregada de deuses” e o sobrenatural penetra em todas as dependências da realidade vivida e não apenas no campo religioso, isto é, na ligação entre o homem e o divino. O sagrado se manifesta na explicação da origem divina da técnica, da agricultura, dos males, na natureza mágica dos instrumentos, das danças e dos desenhos.

Imagem 2


Ao agir o homem imita os deuses nos ritos que tornam atuais, presentes, os mitos primordiais, ou seja, cada um repete o que teria ocorrido com os deuses no início dos tempos. Só assim a semente brota da terra, as mulheres se tornam fecundas, as árvores dão frutos, o dia se sucede à noite, e assim por diante.

Os mitos e os ritos são transmitidos oralmente, e a tradição se impõe por meio das crenças, permitindo a coesão do grupo e a repetição dos considerados desejáveis.

A organização social das tribos se baseia em uma estrutura que mantém homogêneas as relações, sem a dominação de um ou outro segmento. Mesmo que a divisão de tarefas leve as pessoas a exercerem funções diferentes, o trabalho e o seu produto são sempre coletivos.

Quanto ao exercício do poder, o chefe guerreiro ou o feiticeiro xamã, possuem prestígio, merecem confiança dos demais e são admirados e respeitados pelos demais. O chefe por sua vez, é o porta-voz do desejo da comunidade, e nesse sentido não dá ordem, mesmo porque sabe que ninguém o obedecerá. Assim, as esferas do social e político não se separam, e o poder não constitui uma importância à parte, como acontece nas sociedades em que o Estado foi instituído.


Imagem 3

Nas comunidades tribais as crianças aprendem imitando os gestos dos adultos nas atividades diárias e nas cerimonias dos rituais. A cuidadosa adaptação aos usos e valores da tribo geralmente é levada a efeito e sem castigos.

O conhecimento mítico imprime uma tonalidade especial à educação, pois os relatos aprendidos não são propriamente históricos, no sentido da revelação do passado da tribo.

Para Luzuriaga (1990), “nada sabemos, diretamente, da educação dos povos primitivos; apenas podemos interferi-la pelas manifestações culturais e pela vida dos povos primitivos atuais, de certo modo semelhantes”.

A educação dos povos primitivos pode dividir-se nas duas grandes fases assinaladas como correspondentes às idades pré-históricas: a do homem caçador (idade paleolítica) e a do homem agricultor (idade neolítica).

Imagem 4


Nos povos caçadores, os procedimentos para a educação, são muito frouxos, deixadas as crianças em liberdade grande, que raia pela indisciplina. Dado o gênero de vida nômade que esses povos levavam, é pouco provável que existisse entre eles ordem ou regime de vida estável, que facilitasse a formação de hábitos morais e intelectuais entre os jovens.

Nos povos agricultores, as condições da vida e da educação mudam grandemente: os trabalhos pastoris e agrícolas requerem ordem, normalidade e estabilidade, que os grupos caçadores não têm. A geração jovem tem de aprender os fenômenos meteorológicos, o cultivo das plantas, o cuidado dos animais. A mãe passa a ocupar maior influência sobre os filhos. Há agora nesses povos maior tendência para guerra, assim, passa a importar na educação dos filhos, disciplina mais rigorosa e preparação para o uso das armas, principalmente arco e lança.





# Educação nos povos indo-americanos


Imagem 5


De acordo com Luzuriaga (1990), Os povos aborígenes da América passaram, em geral, até o descobrimento, pelos mesmo períodos  dos povos primitivos, isto é, pelos de caçadores e agricultores; mas foram além, alcançando grau cultural e social superior, sem chegar, todavia, aos povos orientais.

Geograficamente situados na zona mexicana e peruana, os astecas e os Incas, dominaram povos anteriores (maias, animarás, etc) e deram então origem a uma civilização baseada no sistema de classes sociais e à educação subsequente.

Esses povos não conheceram elementos essenciais de civilização como a escrita alfabética, o arado, a roda, o ferro. No entanto, tiveram muito desenvolvido o senso arquitetônico, perceptível nas grandes construções de pedra, templos, fortalezas, etc. e elevado senso escultórico, sobretudo na zona mexicana.

Imagem 6


Os astecas tiveram conhecimento astronômico muito desenvolvidos e calendário muito complexo. A escrita, muito primitiva, era composta por ideogramas e fonogramas. O cultivo de milho era a base da agricultura, e a forma de propriedade foi comunitária. A religião tinha traços cruéis, como sacrifícios humanos,  e os homens eram de caráter guerreiro.

A educação era semelhante entre os incas, mas com algumas variantes. Existia menor diferenciação de classes sociais, restando apenas o predomínio, dos incas ou nobres, de caráter militar e menos religioso que entre os astecas. Aprendiam as artes da guerra e a técnica de quipo, espécie de registro manual numérico. Entravam na vida publica aos 16 anos. As jovens nobres eram educadas em casas especiais, por anciãs que as iniciavam nas tarefas domesticas, na cerâmica, na tecelagem e nas cerimonias religiosas.

Se você gostou dessa postagem, deixe seu comentário abaixo, compartilhe com seus amigos e  inscreva-se aqui, pois assim você receberá notificações de novas postagens. Até a próxima.



Abraço, 
                                                                                                                                                                                                                                                                        Jeiane Costa.
                                                                                                                                                             jeianecosta.novel@outlook.com
Instagram: @meioaspalavras
Twitter: https://twitter.com/Meioaspalavras

www.portalolhardinamico.com.br



Você também pode gostar de ler:







Créditos especiais:

LUZURIAGA, Lorenzo. A história da educação e da pedagogia. 18 edição. São Paulo: Editora Nacional, 1990. 
ARANHA, Maria Lucia de arruda. História da educação. 2 ed. rec. e atual. São Paulo: Moderna, 1996
Imagem disponivel em <https://escolaeducacao.com.br/incas-maias-e-astecas/> acesso 17 out 2018
Imagem disponivel em <http://raquelhistoriaefe.blogspot.com/2011/06/era-primitiva.html>acesso 17 out 2018
Imagem disponivel em <https://accaopopularlibertaria.wordpress.com/2013/01/14/educacao-e-luta-de-classes-na-comunidade-primitiva/>acesso 17 out 2018
Imagem disponivel em <https://pt.slideshare.net/AltairMoissAguilar/os-incas-prof-altair-aguilar>acesso 17 out 2018
Imagem disponivel em <www.colegiofriburgo.com.br/projetos_2010/fund1/4_ano/povos/beatriz/educacaoincas.htm>acesso 17 out 2018
Imagem disponivel em <https://historiadomundo.uol.com.br/asteca/>acesso 17 out 2018






Nenhum comentário:

Postar um comentário

Romance expõe os desafios do escritor durante o processo de construção de um livro

“Escrever um livro é uma arte, uma poesia. É muito mais que jogar palavras ao papel aleatoriamente ou usar o a...