Olá pessoas queridas!
Na postagem de hoje, prosseguiremos abordando como temática a educação, com foco nos povos primitivos. Salientamos que como fonte para esse estudo, utilizamos os autores Luzuriaga (1990) e Aranha (1996).
Boa leitura!
Segundo
Luzuriaga (1990), existe educação desde que há homens sobre a Terra; a vida
deles começou há uns 3000 séculos. Destes, só uns 60 pertencem às sociedades
civilizadas. A maior parte, pois, da vida humana, transcorreu na fase primitiva
ou pré-história.
O conhecimento
da cultura e da educação dos povos primitivos é tomado, à falta de documentos
escritos, das duas principais; restos e produtos pré-históricos e vida dos
povos primitivos atuais.
Sobre
esse aspecto, Aranha (1996) afirma que as sociedades tribais não tem Estado,
não tem classes, não tem escrita, não tem comércio, não tem história, não tem
escola. São essencialmente míticas e de tradição oral.
Para
o homem da tribo, a natureza está “carregada de deuses” e o sobrenatural
penetra em todas as dependências da realidade vivida e não apenas no campo
religioso, isto é, na ligação entre o homem e o divino. O sagrado se manifesta
na explicação da origem divina da técnica, da agricultura, dos males, na natureza
mágica dos instrumentos, das danças e dos desenhos.
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Ao agir
o homem imita os deuses nos ritos que tornam atuais, presentes, os mitos
primordiais, ou seja, cada um repete o que teria ocorrido com os deuses no
início dos tempos. Só assim a semente brota da terra, as mulheres se tornam
fecundas, as árvores dão frutos, o dia se sucede à noite, e assim por diante.
Os mitos
e os ritos são transmitidos oralmente, e a tradição se impõe por meio das
crenças, permitindo a coesão do grupo e a repetição dos considerados
desejáveis.
A organização
social das tribos se baseia em uma estrutura que mantém homogêneas as relações,
sem a dominação de um ou outro segmento. Mesmo que a divisão de tarefas leve as
pessoas a exercerem funções diferentes, o trabalho e o seu produto são sempre
coletivos.
Quanto
ao exercício do poder, o chefe guerreiro ou o feiticeiro xamã, possuem
prestígio, merecem confiança dos demais e são admirados e respeitados pelos
demais. O chefe por sua vez, é o porta-voz do desejo da comunidade, e nesse
sentido não dá ordem, mesmo porque sabe que ninguém o obedecerá. Assim, as
esferas do social e político não se separam, e o poder não constitui uma importância
à parte, como acontece nas sociedades em que o Estado foi instituído.
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Nas comunidades
tribais as crianças aprendem imitando os gestos dos adultos nas atividades diárias
e nas cerimonias dos rituais. A cuidadosa adaptação aos usos e valores da tribo
geralmente é levada a efeito e sem castigos.
O conhecimento
mítico imprime uma tonalidade especial à educação, pois os relatos aprendidos
não são propriamente históricos, no sentido da revelação do passado da tribo.
Para
Luzuriaga (1990), “nada sabemos, diretamente, da educação dos povos primitivos;
apenas podemos interferi-la pelas manifestações culturais e pela vida dos povos
primitivos atuais, de certo modo semelhantes”.
A educação
dos povos primitivos pode dividir-se nas duas grandes fases assinaladas como
correspondentes às idades pré-históricas: a do homem caçador (idade
paleolítica) e a do homem agricultor (idade neolítica).
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Nos
povos caçadores, os procedimentos para a educação, são muito frouxos, deixadas
as crianças em liberdade grande, que raia pela indisciplina. Dado o gênero de
vida nômade que esses povos levavam, é pouco provável que existisse entre eles
ordem ou regime de vida estável, que facilitasse a formação de hábitos morais e
intelectuais entre os jovens.
Nos povos
agricultores, as condições da vida e da educação mudam grandemente: os trabalhos
pastoris e agrícolas requerem ordem, normalidade e estabilidade, que os grupos
caçadores não têm. A geração jovem tem de aprender os fenômenos meteorológicos,
o cultivo das plantas, o cuidado dos animais. A mãe passa a ocupar maior influência
sobre os filhos. Há agora nesses povos maior tendência para guerra, assim,
passa a importar na educação dos filhos, disciplina mais rigorosa e preparação
para o uso das armas, principalmente arco e lança.
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Educação nos povos indo-americanos
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De
acordo com Luzuriaga (1990), Os povos aborígenes da América passaram, em geral,
até o descobrimento, pelos mesmo períodos dos povos primitivos, isto é, pelos de
caçadores e agricultores; mas foram além, alcançando grau cultural e social
superior, sem chegar, todavia, aos povos orientais.
Geograficamente
situados na zona mexicana e peruana, os astecas e os Incas, dominaram povos
anteriores (maias, animarás, etc) e deram então origem a uma civilização
baseada no sistema de classes sociais e à educação subsequente.
Esses
povos não conheceram elementos essenciais de civilização como a escrita
alfabética, o arado, a roda, o ferro. No entanto, tiveram muito desenvolvido o
senso arquitetônico, perceptível nas grandes construções de pedra, templos,
fortalezas, etc. e elevado senso escultórico, sobretudo na zona mexicana.
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Os astecas
tiveram conhecimento astronômico muito desenvolvidos e calendário muito
complexo. A escrita, muito primitiva, era composta por ideogramas e fonogramas.
O cultivo de milho era a base da agricultura, e a forma de propriedade foi comunitária.
A religião tinha traços cruéis, como sacrifícios humanos, e os homens eram de caráter guerreiro.
A educação
era semelhante entre os incas, mas com algumas variantes. Existia menor
diferenciação de classes sociais, restando apenas o predomínio, dos incas ou
nobres, de caráter militar e menos religioso que entre os astecas. Aprendiam as
artes da guerra e a técnica de quipo, espécie de registro manual numérico. Entravam
na vida publica aos 16 anos. As jovens nobres eram educadas em casas especiais,
por anciãs que as iniciavam nas tarefas domesticas, na cerâmica, na tecelagem e
nas cerimonias religiosas.
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Abraço,
Jeiane Costa.
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Créditos especiais:
LUZURIAGA, Lorenzo. A história da educação e da pedagogia. 18 edição. São Paulo: Editora Nacional, 1990.
ARANHA, Maria Lucia de arruda. História da educação. 2 ed. rec. e atual. São Paulo: Moderna, 1996
Imagem disponivel em <https://escolaeducacao.com.br/incas-maias-e-astecas/> acesso 17 out 2018
Imagem disponivel em <http://raquelhistoriaefe.blogspot.com/2011/06/era-primitiva.html>acesso 17 out 2018
Imagem disponivel em <https://accaopopularlibertaria.wordpress.com/2013/01/14/educacao-e-luta-de-classes-na-comunidade-primitiva/>acesso 17 out 2018
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Imagem disponivel em <www.colegiofriburgo.com.br/projetos_2010/fund1/4_ano/povos/beatriz/educacaoincas.htm>acesso 17 out 2018
Imagem disponivel em <https://historiadomundo.uol.com.br/asteca/>acesso 17 out 2018
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