Olá pessoas queridas!
Na postagem de hoje, prosseguiremos abordando como temática a educação, com foco nos povos do antigo oriente. Salientamos que como fonte para esse estudo, utilizamos Aranha (1996).
Boa leitura!
A
partir do quarto milênio a.C., forma-se no Egito a mais antiga das
civilizações, que dura 3000 anos. Além dos egípcios, babilônios, hindus e
chineses, outros povos como os medas, persas, fenícios e hebreus constituem
civilizações florescentes no segundo e primeiro milênios a.C. e se sucedem nas
regiões do Oriente Médio e Oriente Próximo.
Apesar
das diferenças entre essas civilizações, todas impõem governos despóticos de
caráter teocrático, em que o poder absoluto do rei ou do imperador se sustenta
na crença em sua origem divina.
A
invenção da escrita é outro traço comum dessas civilizações, fato que não se
dissocia do aparecimento do Estado, pois a manutenção da máquina estatal supõe
uma classe especial de funcionários capazes de exercer funções administrativas
e legais cujo registro é imprescindível.
Desde
3500 a.C. os egípcios fazem inscrições em hieróglifos. Essa escrita é no inicio
pictográfica, ou seja, representa figuras e não sons, como a nossa, e só
posteriormente adquire características fonéticas. Composta por 600 sinais, o
que o torna especialmente difícil, é utilizada pelos escribas, a minoria
encarregada de exercer funções para o Estado e que, por isso, goza de condições
privilegiada.
Além
das inscrições nas pedras de túmulos e monumentos, os egípcios usam madeira e
papiro para o registro das atas administrativas, da justiça e para as anotações
contábeis nas atividades do comercio.
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Na
Mesopotâmia, a escrita cuneiforme também é pictográfica. Mais tarde, porém,
passaram a usar os sinais fonéticos. A China sempre manteve a escrita
ideográfica, muito complicada e abstrata, em que os sinais gráficos representam
ideias e não figuras.
Em
1500 a.C. os fenícios inventaram o alfabeto ou o aperfeiçoaram, não se sabe
bem. Os 22 sinais não mais representam ideias, figuras, palavras ou silabas,
mas sons que reunidos permitem as mais diferentes combinações, tornando bem
mais pratico para o uso e aprendizagem da escrita.
Essa
simplificação na escrita contribui para que ela deixe de ser monopólio de uma
minoria, perdendo aos poucos o caráter sagrado.
Os
gregos assimilaram o alfabeto fenício por volta do século VIII a.C.,
transmitindo-o posteriormente aos latinos, por meio dos quais chegou até nós.
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#Babilônia
Tem-se
poucas informações sobre os métodos educativos da civilização babilônica. No
entanto, destaca-se a cultura da poderosa classe sacerdotal, bem como a extrema
dificuldade que a escrita cuneiforme oferece aos escribas, incumbidos de ler e
copiar os textos religiosos.
Os babilônios
constroem bibliotecas, tem amplo conhecimento de astrologia e não descuidam das
aplicações do conhecimento, por outro lado, os estudos científicos vem sempre
mesclados com magia e adivinhação.
#China
Ao contrário
das demais civilizações antigas, cujo saber pertence a uma classe sacerdotal, na
China os letrados são os mandarins, altos funcionários de estrita confiança do
imperador e responsável pela maquina burocrática do Estado. O sistema de seleção
para esse ensino superior é extremamente rigoroso, baseado em exames oficiais
que distribuem os candidatos nas diversas atividades administrativas.
A educação
elementar visa à alfabetização, muito difícil e demorada devido ao caráter complexo
da escrita chinesa. Também é ensinado o calculo e oferecida a formação moral
por meio da transmissão dos valores dos ancestrais. Tudo é feito de maneira
rigorosa e dogmática, com ênfase nas técnicas de memorização.
#Egito
Nos Egito,
as escolas funcionam nos templos e em algumas casas, sendo frequentadas por
pouco mais de 20 alunos cada uma. Predomina o processo de memorização e é
constante o recurso aos castigos. Além de funcionários administrativos e
legais, preparam médicos, engenheiros e arquitetos.
As informações
são muito práticas, como o calculo da ração das tropas em campanha, o numero de
tijolos necessários para uma construção e complicados problemas de geometria
destinados à agrimensura. Extensas listas de plantas e animais indicam grande
conhecimento de botânica, zoologia, mineralogia e geografia.
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#Hebreus
Os hebreus
estão impregnados da religiosidade e da ação dos profetas, na realidade os seus
primeiros educadores. De inicio as sinagogas também servem de local para a
instrução religiosa, em que se dizem as verdades da Bíblia.
Os documentos
bíblicos tem inestimável interesse histórico e, não somente nos fazem conhecer
os valores morais e jurídicos do povo hebreu, como ajudam a compreender as raízes
judaico-cristãs da cultura ocidental.
Povo
monoteísta. Por estarem mergulhados nas praticas coletivas, os hebreus
desenvolvem uma nova ética voltada para os valores das pessoas e para a
interioridade moral.
#Índia
Na
índia a população é dividida em castas fechadas: os brâmanes (sacerdotes), os
xátrias (guerreiros nobres), os vaicias (agricultores e comerciantes) e os
sudras (servos dedicados aos serviços considerados mais humildes).
Seguindo
tão rígida hierarquia, que predetermina as condições dos casamentos e a escolha
de profissões, a educação também é discriminadora, privilegiando os brâmanes. As
outras castas podem receber a educação elementar, mas os sudras e os párias
dela se acham excluídos.
Além
do bramanismo, a educação na Índia foi influenciada pelo budismo, religião
fundada no século VI a.C. por Sidarta Gautama. Essa doutrina tem caráter mais
espiritualizado e valoriza sobremaneira a relação entre mestre e discípulo.
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Abraço,
Jeiane Costa.
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Créditos especiais:
ARANHA, Maria Lucia de arruda. História da educação. 2 ed. rec. e atual. São Paulo: Moderna, 1996
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