quarta-feira, 17 de outubro de 2018

Para LER e CONHECER: # A educação nas sociedades do antigo oriente




Olá pessoas queridas!
Na postagem de hoje, prosseguiremos abordando como temática a educação, com foco nos povos do antigo oriente.  Salientamos que como fonte para esse estudo, utilizamos Aranha (1996).



Boa leitura!



A partir do quarto milênio a.C., forma-se no Egito a mais antiga das civilizações, que dura 3000 anos. Além dos egípcios, babilônios, hindus e chineses, outros povos como os medas, persas, fenícios e hebreus constituem civilizações florescentes no segundo e primeiro milênios a.C. e se sucedem nas regiões do Oriente Médio e Oriente Próximo.

Apesar das diferenças entre essas civilizações, todas impõem governos despóticos de caráter teocrático, em que o poder absoluto do rei ou do imperador se sustenta na crença em sua origem divina.
A invenção da escrita é outro traço comum dessas civilizações, fato que não se dissocia do aparecimento do Estado, pois a manutenção da máquina estatal supõe uma classe especial de funcionários capazes de exercer funções administrativas e legais cujo registro é imprescindível.

Desde 3500 a.C. os egípcios fazem inscrições em hieróglifos. Essa escrita é no inicio pictográfica, ou seja, representa figuras e não sons, como a nossa, e só posteriormente adquire características fonéticas. Composta por 600 sinais, o que o torna especialmente difícil, é utilizada pelos escribas, a minoria encarregada de exercer funções para o Estado e que, por isso, goza de condições privilegiada.

Além das inscrições nas pedras de túmulos e monumentos, os egípcios usam madeira e papiro para o registro das atas administrativas, da justiça e para as anotações contábeis nas atividades do comercio.


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Na Mesopotâmia, a escrita cuneiforme também é pictográfica. Mais tarde, porém, passaram a usar os sinais fonéticos. A China sempre manteve a escrita ideográfica, muito complicada e abstrata, em que os sinais gráficos representam ideias e não figuras.

Em 1500 a.C. os fenícios inventaram o alfabeto ou o aperfeiçoaram, não se sabe bem. Os 22 sinais não mais representam ideias, figuras, palavras ou silabas, mas sons que reunidos permitem as mais diferentes combinações, tornando bem mais pratico para o uso e aprendizagem da escrita.

Essa simplificação na escrita contribui para que ela deixe de ser monopólio de uma minoria, perdendo aos poucos o caráter sagrado.
Os gregos assimilaram o alfabeto fenício por volta do século VIII a.C., transmitindo-o posteriormente aos latinos, por meio dos quais chegou até nós.


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#Babilônia
Tem-se poucas informações sobre os métodos educativos da civilização babilônica. No entanto, destaca-se a cultura da poderosa classe sacerdotal, bem como a extrema dificuldade que a escrita cuneiforme oferece aos escribas, incumbidos de ler e copiar os textos religiosos.

Os babilônios constroem bibliotecas, tem amplo conhecimento de astrologia e não descuidam das aplicações do conhecimento, por outro lado, os estudos científicos vem sempre mesclados com magia e adivinhação.



#China
Ao contrário das demais civilizações antigas, cujo saber pertence a uma classe sacerdotal, na China os letrados são os mandarins, altos funcionários de estrita confiança do imperador e responsável pela maquina burocrática do Estado. O sistema de seleção para esse ensino superior é extremamente rigoroso, baseado em exames oficiais que distribuem os candidatos nas diversas atividades administrativas.

A educação elementar visa à alfabetização, muito difícil e demorada devido ao caráter complexo da escrita chinesa. Também é ensinado o calculo e oferecida a formação moral por meio da transmissão dos valores dos ancestrais. Tudo é feito de maneira rigorosa e dogmática, com ênfase nas técnicas de memorização.



#Egito
Nos Egito, as escolas funcionam nos templos e em algumas casas, sendo frequentadas por pouco mais de 20 alunos cada uma. Predomina o processo de memorização e é constante o recurso aos castigos. Além de funcionários administrativos e legais, preparam médicos, engenheiros e arquitetos.

As informações são muito práticas, como o calculo da ração das tropas em campanha, o numero de tijolos necessários para uma construção e complicados problemas de geometria destinados à agrimensura. Extensas listas de plantas e animais indicam grande conhecimento de botânica, zoologia, mineralogia e geografia.


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#Hebreus
Os hebreus estão impregnados da religiosidade e da ação dos profetas, na realidade os seus primeiros educadores. De inicio as sinagogas também servem de local para a instrução religiosa, em que se dizem as verdades da Bíblia.

Os documentos bíblicos tem inestimável interesse histórico e, não somente nos fazem conhecer os valores morais e jurídicos do povo hebreu, como ajudam a compreender as raízes judaico-cristãs da cultura ocidental.

Povo monoteísta. Por estarem mergulhados nas praticas coletivas, os hebreus desenvolvem uma nova ética voltada para os valores das pessoas e para a interioridade moral.



#Índia
Na índia a população é dividida em castas fechadas: os brâmanes (sacerdotes), os xátrias (guerreiros nobres), os vaicias (agricultores e comerciantes) e os sudras (servos dedicados aos serviços considerados mais humildes).

Seguindo tão rígida hierarquia, que predetermina as condições dos casamentos e a escolha de profissões, a educação também é discriminadora, privilegiando os brâmanes. As outras castas podem receber a educação elementar, mas os sudras e os párias dela se acham excluídos.

Além do bramanismo, a educação na Índia foi influenciada pelo budismo, religião fundada no século VI a.C. por Sidarta Gautama. Essa doutrina tem caráter mais espiritualizado e valoriza sobremaneira a relação entre mestre e discípulo.


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                                                                                                                                                             jeianecosta.novel@outlook.com
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