Olá pessoas queridas!
"A educação como prática da liberdade, ao contrário daquela que é prática da dominação, implica a negação do homem abstrato, isolado, solto, desligado do mundo, assim também a negação do mundo como uma realidade ausente dos homens".
>>Paulo Freire.
Devido a importância sobre a história da educação bem como a utilização da filosofia nesse âmbito, apresentamos o fichamento do capítulo 1 (a importância da história da educação) do livro "História da educação", obra atribuída a Maria Lúcia de Arruda Aranha (1996) que aborda essa temática. Desejamos uma boa leitura!
#A história
é a interpretação da ação transformadora do homem no tempo. A pedagogia é a
teoria crítica da educação, isto é, da ação do homem quando transmite ou
modifica a herança cultural.
#O
homem é um ser histórico, já que suas ações e pensamentos mudam no tempo, à
medida que enfrenta os problemas não só da vida coletiva, como também da experiência
social.
#É impossível
pensar em natureza humana com características universais e eternas. Não há um
conceito de “homem universal” que sirva de modelo para educadores. Melhor seria
referirmo-nos a uma condição humana, resultante do conjunto das relações sociais,
mutáveis no tempo.
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#A partir
das relações que estabelecem entre si, os homens criam padrões de
comportamento, instituições e saberes, cujo aperfeiçoamento é feito pelas gerações
sucessivas, o que lhes permite assimilar e modificar os modelos valorizados em
uma determinada cultura.
#É na
educação que mantém viva a memória de um povo e dá condições para sua sobrevivência.
A educação é uma instância mediadora que torna possível a reciprocidade entre
individuo e sociedade.
#De início,
nas sociedades tribais a cultura global é transmitida de maneira informal pelos
adultos, atingindo todos os indivíduos. Contudo, nas sociedades mais complexas,
com o passar do tempo, a educação formal assume um caráter intelectualista cada
vez mais distanciado da atividade concreta, destinando-se apenas à elite. As demais
classes tem preterida a sua formação, considerada desnecessária porque a elas é
destinado o trabalho braçal.
#A
dicotomia do trabalho intelectual versus trabalho manual ora exclui os filhos dos
trabalhos manuais, ora cria uma escola dualista, com objetivos diferentes; para
a elite, uma escola de formação que pode se estender até os graus superiores,
enquanto para os trabalhadores restam os rudimentos do ler e escrever e o
encaminhamento para a profissionalização.
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#A
ideologia é um fenômeno das sociedades divididas em classes. Por meio dela a
classe dominada não percebe a divisão que a inferioriza e, assumindo os valores
dominantes, não é capaz de elaborar a consciência própria da classe que
pertence.
#O fenômeno
educacional não pode ser definido como neutro, uma vez que se encontra intrinsicamente
ligado aos problemas econômicos, políticos e sociais do seu tempo.
#A pedagogia,
como teoria da educação, possui seu conteúdo próprio, mas também precisa de ciências
auxiliares, como a sociologia, psicologia, linguística, entre outras.
#A
filosofia oferece uma importante contribuição, ao acompanhar reflexiva e
criticamente a práxis educativa. Segundo Dermeval Saviani, “a filosofia da
educação é a reflexão (radical, rigorosa e de conjunto) a respeito dos
problemas que a realidade educacional apresenta”.
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#A filosofia,
no entanto, não desenvolve esse trabalho a partir de conceitos abstratos como
os de homem em si, valor em si, educação em si, que seriam válidos de uma vez
por todas, como se fosse possível ao filosofo indicar de antemão os caminhos a
serem seguidos de acordo com os modelos universais.
#Ao contrário,
o filósofo da educação parte do conhecimento do contexto vivido, a fim de fazer
a critica dos valores decadentes, bem como a dos novos valores, indagando a
respeito de que homem se quer formar naquela determinada sociedade e naquele
tempo especifico.
#O filósofo
investiga então os conceitos subjacentes à ação educativa que nem sempre se
encontram explicitados: os pressupostos antropológicos (o que é o homem?), os
axiológicos (o que é valor?), os políticos (onde está o poder?). Essa investigação
radical (no sentido etimológico de ir até às raízes, ao fundamento) tornará a ação
educacional mais lúcida.
#Ao ter
sempre presente o questionamento sobre o que é educação, a filosofia contribui
para que ela não resulte em adestramento ou qualquer tipo de pseudo-educação,
nem que a pedagogia se torne dogmática.
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#A filosofia
da educação é importante por denunciar as formas ideológicas que utilizam a
educação como instrumento de poder.
#De forma
implícita ou explícita, a filosofia da história orienta o trabalho do
historiador.
#O homem
se insere no tempo: o presente humano
não se esgota na ação que realiza, mas adquire sentido pelo passado e pelo futuro.
#O passado
não está morto, porque nele se fundam raízes do presente. É compreendendo o
passado que podemos dar sentido ao presente e projetar o futuro.
#O homem
“reconstrói” a história a partir do seu presente, a cada novo fato o faz
interpretar a experiência passada.
#A história
resulta da necessidade que o homem tem de reconstituir o passado, relatando e
interpretando os acontecimentos em uma ordem cronológica e por meio da seleção
daqueles considerados relevantes.
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#No
século V a.C., na Grécia, Heródoto é conhecido como o Pai da História por se
propor a relatar os fatos da forma mais objetiva possível, desvinculando-os das
explicações sobrenaturais.
#A história,
como teoria, uma elaboração intelectual, deve ser compreendida a partir da
analise das condições com as quais os homens se relacionam para produzir a existência,
ou seja, a divisão do trabalho. Nesta visão, o que vamos encontrar não são os
homens agindo isoladamente, mas classes que se defrontam em função de
interesses divergentes.
#O fenômeno
educacional se desenrola no tempo e faz igualmente parte da história geral. Por
isso, é importante estudar a educação sempre no contexto histórico geral, para
se observar a concomitância entre as suas crises e as do sistema social. Essa sincronia
não deve ser entendida apenas como simples paralelismo entre fatos da educação
e fatos sociais.
#A educação
não é um fenômeno neutro, mas sofre os efeitos da ideologia, por estar de fato
envolvida na política.
#Apenas
no século XIX os historiadores começaram a se interessar por uma história
sistemática e exclusiva na educação.
#O conhecimento
da história é importante para que a procura dos meios adequados torne o projeto
de mudança da educação realmente exequível.
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Abraço,
Jeiane Costa.
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ARANHA, Maria Lucia de arruda. História da educação. 2 ed. rec. e atual. São Paulo: Moderna, 1996
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