Olá pessoa querida!
Hoje, convidamos você a conhecer algumas particularidades do imperador D. Pedro II e sua esposa Teresa Cristina baseado nas informações da obra "Histórias da gente brasileira: volume 2: Império", atribuída à historiadora Del Priore .
Confira!
O Imperador D. Pedro II é definido como
reservado. Em 1850 ele era um moço jovem e bonito. Alto de
feições severas, modos lentos, olhos azuis que sobressaia num rosto muito
branco. Mais ouvia do que falava e raramente as pessoas ficavam à vontade na
sua companhia. Nessa época, ele já estava casado e acabara de perder outro
filho, Afonso.
Voltando um pouco no tempo, com a maioridade do imperador,
conta a historiadora que haviam-se encerrado as divergências que ameaçavam o
país. Os políticos enviaram um ministro a Viena (terra dos avós maternos) para
lhe arranjar uma noiva.
E a escolhida? Ela veio por intermediário da corte de Nápoles.
Lá morava uma princesa disponível: Teresa Cristina, irmã do rei Fernando I e
sobrinha da avó de d. Pedro II, Carlota Joaquina.
Teresa Cristina foi afastada da corte, pois perdeu o pai
cedo, e sua mãe casou-se com um oficial menor. Ela cresceu num ambiente feito
de tradição, medo e intransigência, emoldurados pelo convento que habitava. Sua
educação foi limitada à cesta de costura, ao piano e ao canto.
Ela escreveu uma cartinha à d. Pedro II e a enviou juntamente
com uma miniatura de uma esplendida morena, pelo qual o imperador se enamorou. Só
que a pintura não correspondia com a realidade para ilusão do imperador.
O casamento foi realizado por procuração e a noiva embarcou
para o Brasil. No dia 3 de setembro de 1843, ao cair da tarde, a embandeirada
fragata Constituição adentrou à baía da Guanabara.
O recém-casado partiu
rapidamente para encontrar sua “bela” noiva. Mas, ao se verem pela primeira
vez, a reação de desapontamento de d. Pedro levou a jovem a se recolher em
lágrimas junto à sua dama: “o imperador não gostou de mim”. De volta ao palácio,
d. Pedro por sua vez, chorava no ombro de seu mordomo: “me enganaram!”.
Não era possível romper o contrato por se tratar de razões do
Estado. D. Pedro II tinha que se conformar. Apesar de a esposa não ser bonita,
ela possui qualidades: ela era uma pessoa gentil e boa. A imperatriz era,
segundo a imprensa, uma mulher bonachona, “um anjo de bondade”, dona de “mão
caridosa”, incapaz de “arrancar um gemido de dor ao coração dos brasileiros”.
Os filhos chegavam e partiam. O primeiro, Afonso Pedro,
nasceu em 23 de fevereiro de 1845. Mais tarde chegou em 29 de julho de 1846, a
princesa Isabel. Em 11 de julho de 1847, morreu o príncipe Afonso devido a
convulsões. Um mês depois, nasceu a princesa Leopoldina que recebeu o nome da
primeira imperatriz. A seguir, chegou o esperado d. Pedro Afonso, em 19 de
julho de 1848. Mas, repentinamente, em 1850, ele faleceu.
Com a morte do ultimo herdeiro – que foi considerada pela
imprensa como um “calamidade”, d. Pedro II se voltou para suas duas filhas. Ele era pai devotadíssimo. Fazia pessoalmente leituras para as
meninas, dava-lhes lições de matemática, e latim, explicava-lhes física. Escolhia
a dedo os professores de inglês, alemão, mineralogia, geologia e história.
Teresa Cristina, por sua vez, fechou-se numa dor sombria e
silenciosa. Ela permaneceu no circulo de
seus deveres na esperança de restituir “seu querido Pedro”. Tal desejo, porém,
não aconteceu. Então ela concentrou-se nas filhas. Participava com elas dos
ritos da Semana Santa. Iam juntas ver as máscaras de carnaval.
Segundo biógrafos, em Petrópolis, o imperador parecia um
cidadão comum. Vestido de casaca preta, chapéu alto, insígnia do Tosão de Ouro na
lapela, passeava na cidade, colhia flores no jardim e ia à exposição no Palácio
de Cristal. Apreciava tomar ducha, moda que chegara na capital.
Del Priore afirma ainda que ele era muito metódico:
registrava num diário suas atividades – acordava às seis; estudava grego ou
hebraico até as sete; passeava até as oito; novamente grego ou hebraico até as
dez. Almoço. Do meio-dia às quatro, estudos ou exame de negócios; jantar às
quatro, passeio até as cinco e meia. Antes de dormir, às onze horas, não
deixava de escrever seu diário. O imperador não dançava. Anos mais tarde, o
imperador era “embebido em seus estudos de sânscrito, árabe, persa, hebraico e
tupi”.
No dia 16 de novembro de um verão chuvoso, d. Pedro II
recebeu a comunicação através de um comandante da cavalaria de que fora deposto
e deveria deixar o país “no mais breve prazo possível”.
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Abraço,
Jeiane Costa.
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Créditos Especiais:
Fonte: DEL PRIORE, Mary. histórias da gente brasileira. volume 2: imperio. São Paulo: Le Ya, 2016. pág. 141-146.
Imagem 1 disponivel em:<https://www.infoescola.com/biografias/dom-pedro-ii/>. acesso em 12 fev 2018
Imagem 2 disponivel em:<http://majestic7veleiro.blogspot.com.br/2016/04/brasil-imperial-1840-1889-dom-pedro-ii.html> Acesso em 12 fev 2018
Imagem 3 disponivel em:<https://seuhistory.com/hoy-en-la-historia/pedro-ii-do-brasil-se-casa-com-princesa-teresa-cristina-maria-de-bourbon-0>. Acesso em 2 fev 2018
Imagem 4 disponivel em:<http://majestic7veleiro.blogspot.com.br/2016/04/brasil-imperial-1840-1889-dom-pedro-ii.html> acesso em 12 fev 2018
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