segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018

Para LER e CONHECER: # Curiosidades sobre D.Pedro II e Teresa Cristina


Olá pessoa querida!

Hoje, convidamos você a conhecer algumas particularidades do imperador D. Pedro II e sua esposa Teresa Cristina baseado nas informações   da obra "Histórias da gente  brasileira: volume 2: Império", atribuída à historiadora Del Priore .

Confira!



O Imperador D. Pedro II é definido como reservado.  Em 1850 ele era um moço jovem e bonito. Alto de feições severas, modos lentos, olhos azuis que sobressaia num rosto muito branco. Mais ouvia do que falava e raramente as pessoas ficavam à vontade na sua companhia. Nessa época, ele já estava casado e acabara de perder outro filho, Afonso.


Voltando um pouco no tempo, com a maioridade do imperador, conta a historiadora que haviam-se encerrado as divergências que ameaçavam o país. Os políticos enviaram um ministro a Viena (terra dos avós maternos) para lhe arranjar uma noiva.


E a escolhida? Ela veio por intermediário da corte de Nápoles. Lá morava uma princesa disponível: Teresa Cristina, irmã do rei Fernando I e sobrinha da avó de d. Pedro II, Carlota Joaquina.




Teresa Cristina foi afastada da corte, pois perdeu o pai cedo, e sua mãe casou-se com um oficial menor. Ela cresceu num ambiente feito de tradição, medo e intransigência, emoldurados pelo convento que habitava. Sua educação foi limitada à cesta de costura, ao piano e ao canto.


Ela escreveu uma cartinha à d. Pedro II e a enviou juntamente com uma miniatura de uma esplendida morena, pelo qual o imperador se enamorou. Só que a pintura não correspondia com a realidade para ilusão do imperador.


O casamento foi realizado por procuração e a noiva embarcou para o Brasil. No dia 3 de setembro de 1843, ao cair da tarde, a embandeirada fragata Constituição adentrou à baía da Guanabara. 

O recém-casado partiu rapidamente para encontrar sua “bela” noiva. Mas, ao se verem pela primeira vez, a reação de desapontamento de d. Pedro levou a jovem a se recolher em lágrimas junto à sua dama: “o imperador não gostou de mim”. De volta ao palácio, d. Pedro por sua vez, chorava no ombro de seu mordomo: “me enganaram!”.


Não era possível romper o contrato por se tratar de razões do Estado. D. Pedro II tinha que se conformar. Apesar de a esposa não ser bonita, ela possui qualidades: ela era uma pessoa gentil e boa. A imperatriz era, segundo a imprensa, uma mulher bonachona, “um anjo de bondade”, dona de “mão caridosa”, incapaz de “arrancar um gemido de dor ao coração dos brasileiros”. 




Por outro lado, seus aspectos físicos eram um desastre. Tinha o nariz em formato de berinjela, olhos miúdos, lábios estreitos e queixo duro. Sorria pouco. As pernas excessivamente  arqueadas por debaixo da saia que davam a impressão de que ela mancava.


Os filhos chegavam e partiam. O primeiro, Afonso Pedro, nasceu em 23 de fevereiro de 1845. Mais tarde chegou em 29 de julho de 1846, a princesa Isabel. Em 11 de julho de 1847, morreu o príncipe Afonso devido a convulsões. Um mês depois, nasceu a princesa Leopoldina que recebeu o nome da primeira imperatriz. A seguir, chegou o esperado d. Pedro Afonso, em 19 de julho de 1848. Mas, repentinamente, em 1850, ele faleceu.


Com a morte do ultimo herdeiro – que foi considerada pela imprensa como um “calamidade”, d. Pedro II se voltou para suas duas filhas. Ele era pai devotadíssimo. Fazia pessoalmente leituras para as meninas, dava-lhes lições de matemática, e latim, explicava-lhes física. Escolhia a dedo os professores de inglês, alemão, mineralogia, geologia e história.


Teresa Cristina, por sua vez, fechou-se numa dor sombria e silenciosa.  Ela permaneceu no circulo de seus deveres na esperança de restituir “seu querido Pedro”. Tal desejo, porém, não aconteceu. Então ela concentrou-se nas filhas. Participava com elas dos ritos da Semana Santa. Iam juntas ver as máscaras de carnaval.





Segundo biógrafos, em Petrópolis, o imperador parecia um cidadão comum. Vestido de casaca preta, chapéu alto, insígnia do Tosão de Ouro na lapela, passeava na cidade, colhia flores no jardim e ia à exposição no Palácio de Cristal. Apreciava tomar ducha, moda que chegara na capital.


Del Priore afirma ainda que ele era muito metódico: registrava num diário suas atividades – acordava às seis; estudava grego ou hebraico até as sete; passeava até as oito; novamente grego ou hebraico até as dez. Almoço. Do meio-dia às quatro, estudos ou exame de negócios; jantar às quatro, passeio até as cinco e meia. Antes de dormir, às onze horas, não deixava de escrever seu diário. O imperador não dançava. Anos mais tarde, o imperador era “embebido em seus estudos de sânscrito, árabe, persa, hebraico e tupi”.


No dia 16 de novembro de um verão chuvoso, d. Pedro II recebeu a comunicação através de um comandante da cavalaria de que fora deposto e deveria deixar o país “no mais breve prazo possível”.



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                                                                                                                           Jeiane Costa.
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Créditos Especiais:
Fonte: DEL PRIORE, Mary. histórias da gente brasileira. volume 2: imperio. São Paulo: Le Ya, 2016. pág. 141-146.
Imagem 1 disponivel em:<https://www.infoescola.com/biografias/dom-pedro-ii/>. acesso em 12 fev 2018
Imagem 2 disponivel em:<http://majestic7veleiro.blogspot.com.br/2016/04/brasil-imperial-1840-1889-dom-pedro-ii.html> Acesso em 12 fev 2018
Imagem 3 disponivel em:<https://seuhistory.com/hoy-en-la-historia/pedro-ii-do-brasil-se-casa-com-princesa-teresa-cristina-maria-de-bourbon-0>. Acesso em 2 fev 2018
Imagem 4 disponivel em:<http://majestic7veleiro.blogspot.com.br/2016/04/brasil-imperial-1840-1889-dom-pedro-ii.html> acesso em 12 fev 2018













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