Olá pessoas queridas!
Lembrai, lembrai do sete de setembro
a independência do Brasil e o maior protesto da história do Brasil
Por isso não vejo como esquecer
que venha esta data em todos os anos
nós tornamos independentes.
a independência do Brasil e o maior protesto da história do Brasil
Por isso não vejo como esquecer
que venha esta data em todos os anos
nós tornamos independentes.
Paulo Vinicius
Em
1799, com o fim da Revolução Francesa, Napoleão Bonaparte iniciou um período
onde ele próprio se colocava como o grande dono do poder, intitulando-se, em
1804, de Imperador.
Com o
intuito de destruir a Inglaterra, ele decretou o Bloqueio Continental em 1806,
pelo qual proibia as nações europeias de fazer comércio com aquele país.
Portugal, todavia, que tinha uma estreita vinculação com a Inglaterra, manteve
contato com os ingleses forçando as forças napoleônicas a invadir a península
ibérica.
No
dia 08 de Março de 1808 a família real portuguesa migrou para o Brasil, fugindo
das guerras napoleônicas.
Em
1815, foi criado o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, prenunciando o
fim da condição colonial. Sobre esse aspecto, Del Priore (2016) afirma que apesar
desse acontecimento, o Brasil continuava mal unificado internamente: “a corte carioca mantinha um controle rígido
sobre as capitanias, sobrecarregando-as com encargos fiscais e monopólios. Os colonos,
por sua vez, reagiam ao governo do Rio de Janeiro, acumulavam-se criticas aos
novos dominadores”.
Após
o fim das guerras napoleônicas, a queda do preço do açúcar e do algodão só
multiplicou tensões. O aumento de impostos para custear a intervenção militar
que valeu a incorporação do Uruguai ao Brasil, como província Cisplatina,
contribuiu para o processo de emancipação.
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A
Revolução Liberal do Porto, movimento organizado
por políticos liberais e militares portugueses (24 de agosto de 1820) - contou também com a
participação de integrantes do clero, da nobreza e de pessoas do povo -
voltado para a convocação de uma assembleia constituinte, exigia o retorno
imediato de d. João à metrópole. O rei voltou ao Reino e aqui deixou como
regente o seu filho d. Pedro.
A pressão
metropolitana voltou-se para o regente: em 21 de setembro de 1821, um decreto
determinava o seu retorno imediato.
D.
Pedro resistiu e, em 19 de janeiro de 1822, não acatou ordens no sentido de
voltar ao Velho Mundo e declarou: “Como é para o bem de todos e felicidade
geral da Nação, estou pronto: diga ao povo que fico.” Esta efeméride é
conhecida como o “Dia do Fico” e para muitos correspondeu a uma verdadeira
separação entre Brasil e Portugal.
Em 09
de setembro de 1822, tornou pública sua determinação de permanecer no Brasil,
com palavras precisas: “convencido de que
a presença de minha pessoa no Brasil interessa ao bem de toda a nação
portuguesa, e convencido de que a vontade de algumas províncias assim o requer,
demorarei a minha saída até que as Cortes de meu augusto pai deliberem a este
respeito, com perfeito conhecimento das circunstâncias que têm ocorrido”.
No mesmo
mês, a metrópole nivelou o Rio de Janeiro à condição das demais províncias. O regente
revidou e expulsou as tropas lusitanas do Rio de Janeiro. As duas cortes disputaram
o poder até que, em setembro de 1822, d. Pedro rompeu com a pátria-mãe,
sagrando-se imperador em 12 de outubro do mesmo ano.
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Del
Priore (2016) afirma que nenhum jornal da época fez menção ao 07 de setembro: Em
cartas aos paulistas, datada do dia 08, o príncipe fala apenas sobre a
necessidade de voltar ao Rio de Janeiro em funções de noticias recebidas de
Portugal, sem qualquer menção à Proclamação da independência. Em carta dirigida
ao pai, em 22 de setembro, não menciona o evento.
Dessa
forma, “o grito no Ipiranga” só começou a ganhar força a partir de 1826, com a
publicação do testemunho do padre Belchior Pinheiro Ferreira incluindo a data
de 07 de setembro no calendário das festividades de independência.
Antes
de completados três anos, com a mediação de Inglaterra, no dia 29 de agosto de
1825, no Rio de Janeiro, Portugal reconheceu a independência do Brasil.
Ao
emancipar-se de Portugal, pouco se alterou no Brasil. Podemos dizer,
basicamente, que o país ganhava autonomia política-administrativa e livre
comércio, porém, suas estruturas socioeconômicas permaneciam inalteradas.
Del
Priore (2016) explica que d. Pedro criou o “poder moderador”, através do qual
se reservava, entre outras prerrogativas, o direito de nomear senadores,
dissolver assembleias legislativas, sancionar decretos, suspender magistrados e
indicar presidentes de província. Em suma: d. Pedro poderia fazer o que
quisesse!
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Dessa
foram, o Brasil manteve o regime monárquico (a única monarquia a se consolidar
em nosso continente no pós-independência), não alterava sua economia
agroexportadora, continuava privilegiando os latifundiários e mantinha a base
da mão de obra na escravidão.
Em
síntese, o Brasil fazia a independência sem transformar-se. A própria questão
da unidade territorial chama a atenção: a América Espanhola fragmentou-se em
diversos países (Argentina, Chile, Uruguai, México, Colômbia, etc), enquanto a
América Portuguesa formava um único país, o Brasil.
Nota 1:
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Maria Leopoldina, então princesa regente do
Brasil, esposa de d. Pedro teve grande importância no processo de separação do
Brasil de Portugal, pois, por conta de uma ausência do marido – d. Pedro havia
partido para tentar acabar com um conflito em São Paulo -, aconselhada por José Bonifácio de Andrada e Silva, assinou o decreto da Independência,
declarando o Brasil separado de Portugal. Ela usou seus atributos de chefe
interina do governo para fazer uma reunião com o Conselho de Estado, ocasião em
que o documento foi assinado.
Após a assinatura do decreto, ela enviou uma
carta a D. Pedro para que ele proclamasse a Independência do Brasil. O papel
chegou a ele no dia 7 de setembro de 1822, quando D. Pedro proclamou o Brasil
livre de Portugal, às margens do Rio Ipiranga, em São Paulo.
Enquanto aguardava pelo retorno de D. Pedro,
Leopoldina, governante interina de um Brasil já independente, idealizou a
bandeira do país. Ela foi coroada imperatriz em 1 de dezembro de 1822, na
cerimônia de coroação e sagração de D. Pedro I.
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Nota 2:
D. Pedro era músico e tentava promover o patriotismo dos brasileiros durante o processo de Independência. Conheça sobre a sua composição O Hino da Independência clicando AQUI.
Abraço,
Jeiane Costa.
jeianecosta.novel@outlook.com
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www.portalolhardinamico.com.br
Você também pode gostar de ler:
Créditos especiais:
ALEIXO,
José Carlos Brandi. O processo de independência do Brasil e suas relações com
os países vizinhos. Disponível em:<http://flacso.org.br/files/2014/12/Padre_Aleixo.pdf>.
Acesso 07 set 2018
DEL
PRIORE, Mary. História da gente brasileira: volume 2: Império. São Paulo: Le
Ya, 2016. p. 10-13.
FREITAS,
Caio de. George Canning e o Brasil (Influência da diplomacia inglesa na
formação do Brasil). São Paulo: Companhia Editora Nacional. 1958. Ver,
particularmente, o volume II, quinta parte, p. 169-426.
Maria Leopoldina
assina o decreto da Independência do Brasil. Disponível em: <https://seuhistory.com/hoje-na-historia/maria-leopoldina-assina-o-decreto-da-independencia-do-brasil>.Acesso
07 set 2018
Prof. Bussunda. BRASIL COLÔNIA Independência do Brasil. Disponível em< https://www.mundoedu.com.br/uploads/pdf/5407ba00edfc4.pdf> Acesso 07 set 2018
Revolução Liberal do Porto de 1820.Disponível em:< https://www.suapesquisa.com/historia/revolucao_liberal_porto.htm>acesso 07 set 2018
Imagem 1 disponível em:<https://pt.wikipedia.org/wiki/Independ%C3%AAncia_do_Brasil> acesso em 07 set 2018
Imagem 2 disponível em:<https://pt.wikipedia.org/wiki/Independ%C3%AAncia_do_Brasil> acesso em 07 set 2018
Imagem 3 disponível em:<https://rioantigo-imagensehistorias.blogspot.com/2016/06/rio-de-janeiro-1850-largo-do-paco.html>acesso em 07 set 2018
Imagem 4 disponível em:<https://pt.wikipedia.org/wiki/Pedro_I_do_Brasil> acesso em 07 set 2018
Imagem 5 disponível em:<https://pt.wikipedia.org/wiki/Maria_Leopoldina_de_%C3%81ustria>acesso em 07 set 2018
Imagem 6 disponível em:<http://www.monarquia.org.br/bandeirashistoricas.html>acesso em 07 set 2018
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