quarta-feira, 13 de junho de 2018

Para OUVIR e SENTIR: Prazer igual ao que eu sinto - Anônimo/ Minas Gerais. Modinha




Olá pessoas queridas!

Vocês conhecem a história da música brasileira?

Hoje, apresentamos mais informações sobre essa temática. Ressaltamos que esses dados são do programa “História da Música Brasileira”, produzido por Ricardo Kanji (criador, diretor artístico e apresentador); Ricardo Maranhão (historiador). Paulo Castagna (musicólogo); Reinaldo Volpato (diretor de TV) e Vox Brasilienses Coro e Orquestra, dirigida por Ricardo Kanji, em 1999.

De acordo com o flautista e maestro Ricardo Kanji (1999), depois que os bandeirantes paulistas descobriram o ouro e fundaram povoados nas regiões de Minas Gerais, o desenvolvimento trazido pela mineração transformou radicalmente a vida da colônia.

Impulsionada pela circulação do precioso metal, a economia brasileira e particularmente de Minas viveu um intenso desenvolvimento. Essa dinâmica se manifestou também na cultura e nas artes. Uma amostra do que foi esse momento dessa vida mineira pode ser encontrado no esplendor das igrejas de estilo barroco e rococó do século XVIII.

Kanji (1999) explica que “Nesse período, através da exuberância desses interiores e na sua música podemos ver o espetáculo grandioso da vida religiosa. As igrejas centralizavam as principais manifestações da arte e da cultura. A atividade musical também passou por um intenso desenvolvimento no século XVIII em Minas. A maioria dos músicos e compositores eram de origem humilde, muitos deles eram negros e mestiços”.

Atualmente, Ouro Preto ainda guarda a fisionomia da antiga cidade chamada de Vila Rica no século XVIII. Declarada pela UNESCO como Patrimônio Histórico da Humanidade, Ouro Preto documenta o caráter urbano e moderno para a época da vida nas cidades mineiras do ouro. Novos hábitos, valores e abundantes produções artísticas em que negros e mulatos se destacaram.

Entre os muitos músicos desse grupo social, destaca-se Francisco Gomes da Rocha (1754 – 1808) da irmandade São José dos Homens Pardos. Ele era cantor, fagotista e regente e compôs entre muitas outras obras, em homenagem a padroeira do pilar, a “Novena de Nossa Senhora do Pilar”.

Nesse período, destaca-se também, o moteto anônimo composto para a procissão dos passos da quaresma. Era uma música para ser executada ao ar livre em frente de pequenas construções chamadas Passos que abrigam cenas da Paixão de Cristo. Seu estilo antiquado pode ser associado ao da musica sacra paulista do início do século XVIII.

Como acontecia em todo o território brasileiro, naquele período, também se ouvia os ritmos dançantes. Em Minas não era diferente. Kanji (1999) conta que os escravos dos engenhos de açúcar - ou em qualquer outra atividade que envolvesse esforço - também tinham sua música. Todavia, eram proibidos de pratica-la. 

Longe das cidades, alguns senhores brancos faziam-se de surdos e permitiam alguns momentos de lazer aos negros. Mas sempre havia quem os reprimisse com rigor, principalmente os representantes da igreja que com o intuito de extinguir essas danças – chamadas de batuques -, penalizava com a excomunhão maior a quem admitisse ou consentisse as ditas danças em suas casas ou fazendas ou como pagamento o valor equivalente a dez oitavas de ouro, conforme relata o texto “visita de Teodoro Ferreira Jácome a Curral Del Rei. MG, 1756”.

No final do período colonial, desenvolveu-se também o gosto profano pelas modinhas. O instrumento predileto para acompanhamento era a guitarra. Deixamos aqui para você a obra recolhida por  Von Martius entre 1817-1820, de autoria anônima “Prazer igual ao que eu sinto” e em seguida o vídeo "História da Música Brasileira - capitulo 3" - Ambos são recomendadíssimos!



“Prazer igual ao que eu sinto”




História da música brasileira - capítulo 3 video completo


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Jeiane Costa.
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Informações do texto extraído do video "História da Música Brasileira - capitulo 1 Introdução & pimeiros tempos da música brasiliera"
ilustração - Jeiane Costa

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